quinta-feira, 9 de agosto de 2012

O Homem do Facão Sangrento - PARTE I


PARTE I

Noite de céu completamente negro em Januário do Sul.

Duas alunas do cursinho pré-vestibular do Unificado sempre seguem juntas o trajeto de suas casas até o Terminal de ônibus. Uma rotina diária cansativa que elas já não agüentavam mais. As duas colegas, Andressa e Marta, eram inseparáveis, uma completava a outra. Foram criadas juntas e hoje também almejam junto o mesmo sonho, a formação em engenharia marítima. Mas para isso, elas precisam enfrentar todo o dia um árduo caminho até o curso extensivo noturno pré-vestibular. Suas mães ficavam sempre muito preocupadas com as duas moças, ambas com 17 anos de idade e extremamente lindas, eram alvo fácil para marginais, seqüestradores e estupradores. Mas o sonho delas era ainda maior que estas adversidades do destino. Por dádivas anteriores, nunca nada de incomum havia acontecido com as garotas. Pelo menos não até aquela noite. Sexta – feira era sempre especial. As duas se vestiam sempre combinando, e geralmente com roupas provocantes. Nessa sexta feira não foi diferente, combinaram de vestir mini saia e top.

O tema escolhido da semana era desenhos e afins. Andresa vestiu azul bebê com tema da Hello Kitty, já Marta foi para o básico rosa - choque da Barbie. Pareciam duas divindades da beleza. Quem não conhecia poderia jurar que eram gêmeas. Saindo de suas residências, lá se vão às duas garotas cantarolando Madonna. O trajeto da casa delas até o ponto era de aproximadamente 15 minutos. Elas moravam próximo ao clube pouco conhecido e esquecido chamado “Chamas”, um local que antigamente era muito badalado. Precisavam percorrer uma subida de estrada de chão um pouco íngreme, passar por algumas residências e um tímido comércio, para enfim chegar até o terminal Metropolitano.

Ocorreu tudo de maneira perfeita neste dia, foram para o curso no centro de Curitiba, estudaram dedicadamente e retornaram para o terminal de Santa Quitéria. Eram apenas mais 15 minutos até voltarem para casa e poderem descansar de mais uma semana cansativa. No meio do percurso o celular de Marta toca. Ela atende e ninguém a responde, então ela desliga. Não da importância ao número que ligou para ela e seguem em frente. Chegando à descida de chão batido, um dos poucos postes que estavam acessos explode secamente. Andressa solta involuntariamente um grito de susto. As duas se abraçam e seguem a caminhar. Os pêlos de Andressa se arrepiam por completo e sua face fica pálida quando ouve passos, junto de um som de arrastos de ferro atrás delas. Seriam correntes?Sussurra no ouvido de Marta que tem a impressão de que alguém está seguindo elas. Marta ignora e diz que deve ser o Toni, um jovem tarado de 25 anos que toda sexta-feira fica espiando as duas voltarem do cursinho. Andressa não acredita nessa hipótese, pois já conhecia Toni e sabia que ele era mais discreto que esse som. Toni não faria isso comigo.Pensa Andressa. O barulho que ela ouviu era estranho, macabro, algo surreal.

De repente Marta tropica em uma pedra solta no chão, e como...

Continua.
Jeferson K.


ATENÇÃO: Texto fruto da imaginação do autor.
Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.

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