sábado, 12 de janeiro de 2013

O homem do Facão Sangrento – PARTE II


O homem do facão sangrento – PARTE II

De repente Marta tropica em uma pedra solta no chão, e como as duas estavam abraçadas, como em um efeito dominó, as duas caem juntas sob o solo rochoso. Marta esfola profundamente os seus joelhos, enquanto que Andressa, com seus seis fartos, teve o impacto reduzido, mas não o suficiente para provocar dois cortes na moça. Um em seu queixo, e o outro em seu seio esquerdo. Primeiro choraram de dor, e no mesmo instante, riram sem parar, uma olhando para outra. Mal sabiam elas o que lhes aguardava.
Vindo calmamente, por um pequeno trecho de capim alto atrás das moças, um homem de roupas antigas, vestindo uma camiseta xadrez cor de vinho, com dois furos no peito, botas de couro e uma calça negra aproxima-se delas. Até poderia ser uma cena normal, exceto o fato de que o homem não tinha o braço direito. E para completar o sinistro, o beiço do indivíduo era completamente deformado e sua mão esquerda portava um imenso facão que parecia produzir sangue de sua ponta.
Quando Andressa percebeu que havia alguém ali as observando, levantou agilmente, o seu corpinho sarado de academia se sobressaiu em relação a sua colega. Tenta conversar, questionar, algum contato qualquer com o homem esquisito parado a sua frente, mas sua voz não sai. Imediatamente, o ser das botas de couro vira seu corpo todo para esquerda, e depois para direita, e no momento que volta para a esquerda, solta com altíssima velocidade o seu facão no pescoço de Andressa. Uma cena chocante que faz Marta gritar desesperadamente, porém, em vão. Aquela rua era muito deserta. Era extremamente raro alguém passar por ali as 11:45 da noite de uma sexta-feira nebulosa. O homem sorri mansinho vendo Marta gritar e o pescoço de Andressa jorrar sangue por mais de dois metros de altura. O sangue subia até o alto e voltava em Marta e no ser misterioso. Quem é esse mentecapto. Marta agoniza em seus pensamentos .
O rosa da minissaia de Marta agora se confundia com o sangue fraco de Andressa, dando maior destaque a sua calcinha preta, que proporcionava maior contraste. Nesta altura, nem mesmo o desenho feliz e melancólico da Barbie poderia ajuda - lá. O homem da um passo a frente, lambe de ponta a ponta o seu facão e puxa Marta pelos seus curtos cabelos negros. Levanta ela até ficarem olhos nos olhos e em seguida, solta a moça. Marta fica se equilibrando em pé na frente dele implorando misericórdia. Ele parecia não entender a língua da moça, e com uma rapidez cósmica estoca o facão em seu abdômen. Desde vez não houve gritos, pois antes mesmo que ela pudesse gritar, o homem cortou a sua garganta levemente, danificando todas suas cordas vocais.
Assim aconteceu a tragédia da Rua Guilherme Weight naquela noite de sexta-feira, e nunca ninguém entendeu ao certo o que aconteceu com aquelas garotas. Quem foi que agiu com tamanha brutalidade com ambas, sem nem ao menos deixar pistas. Estupradores não foram, os corpos estão “intocados”...Não roubaram nada... Diziam os policiais. Parecia que tudo foi feito pelo simples prazer de assassinar e ver sangue jorrar. Pelo menos era isso que as autoridades diziam, pois uma única pessoa havia visto e gravado tudo o que acontecera. Era o jovem Toni, o tarado pelas meninas esculturais. Que clandestinamente com sua Sony 12 Megapixel filmava as duas gatas voltando do cursinho. Ele viu e registrou tudo. Ficou traumatizado com as cenas flagradas naquele dia. Ficou maluco e fugiu do bairro. Resolveu ir para o bairro de São Gabriel, onde tinha uma casinha de madeira para poder estudar o fenômeno que flagrou.
Com suas inúmeras tentativas de descobrir algo, vendo e revendo a sua gravação milhares de vezes e decidido a não revelar o material a ninguém, ele estuda muito cada detalhe do vídeo. Então, se depara com uma antiga lenda da década de 60 que seus avôs contavam. O caso de uma alma penada que assombrava o povo do bairro Santa Quitéria. A lenda de Clóvis. Curioso e paranóico ele foi até o centro Cultural no centro de Januário do Sul e revirou todos os arquivos antigos, até que finalmente encontrou o que queria. Talvez fosse melhor ele não ter achado... 

Nenhum comentário: